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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A Acácia Mangium uma madeira nobre e bem cotada no mercado.

O produtor rural e proprietário da Plante Roots Viveiro Ambiental, Murilo Couto de Medeiros, não vacila ao afirmar ser a Acácia mangium, na atualidade, a madeira de lei mais precoce do mercado nacional. Trata-se de uma espécie arbórea ainda pouco conhecida no país, mas já qualificada por investidores como o ouro verde do Cerrado.



Desde 2002, Murilo oferece consultoria na área agroflorestal e produz mudas florestais de sementes e clones, com padrão de qualidade e procedência. Mas só há cerca de cinco anos, após algumas pesquisas via internet, adquiriu sementes de Acácia mangium. “Fiz alguns plantios para mim e para alguns investidores”, comenta.

A nova árvore é uma leguminosa que vem despertando a atenção de técnicos e pesquisadores pela rusticidade e, principalmente, por ser uma espécie nitrificadora. Apresenta significativa capacidade de adaptação às condições de solo e clima do país, sobretudo em terrenos pobres, ácidos e degradados.

É uma madeira nobre, de boa qualidade e precocidade na produção – o corte inicial se dá com quatro anos – e altamente rentável. É indicada para variados usos nas indústrias de base florestal, como biomassa para energia, móveis de excelente qualidade, carvão, MDF, madeira-cimento, aglomerados, laminados, lenha, tábua de fibra de madeira e cimento (WWCB), OSB, papel e celulose, construção de casas e desdobramento em serraria.

Usos da Acácia mangium

O professor da UFV (Universidade Federal de Viçosa), Doutor em Sivilcultura e responsável pela introdução da Acácia mangium no Brasil, Flávio Pereira, explica que o monocultivo de florestas de rápido crescimento no país, antes restrito às grandes reflorestadoras, surge agora como atividade lucrativa para grandes, médios e pequenos silvicultores.

A Acácia mangium, por exemplo, é uma árvore de alta capacidade de crescimento (6,2 m/ano) que produz madeira de grande valor comercial. Na Ásia, ela vem sendo empregada em substituição à Teca (Tectona grandis), com grande vantagem e maior lucratividade. No Brasil, um hectare de floresta da Acácia mangium tem dado retorno financeiro superior à maioria das espécies de Eucalipto. E isso graças ao seu multi-uso e multi-produtos, a exemplo, como expõe Flávio, do tanino extraído da casca, do mel das folhas e flores, da própolis, da cera, da geleia real, do sistema agrossilvipastoril e de outros benefícios ambientais.

O tanino é ingrediente importante no processo de fabrico de curtumes. Isto é, no processo de transformação de peles (putrecíveis) em couros (não putrecíveis). Além disso, é empregado na fabricação de colas e adesivos, branqueamento de açúcar e purificação de água (floculante), gerando uma renda adicional para o produtor rural. Na exploração apícola, a produção de néctar é iniciada no quarto ou quinto mês após o plantio das mudas no campo, podendo variar com o clima onde for plantada.

No sistema agrossilvipastoril, modelo que, como define Flávio Pereira, permite a produção de madeira, de culturas agrícolas e de animais (corte ou leite) numa mesma área em operações sequenciais, o produtor rural pode alcançar maior rentabilidade e sustentabilidade.

O consórcio de cultivos agrícolas, pastagens e/ou animais, e Acácia Mangium, implica em várias vantagens, como pontua o professor: reduz os impactos ambientais, maximiza a biodiversidade, recompõe parcialmente os componentes florestais, aumenta o ciclo orgânico e dos nutrientes, oferece fonte de alimento e abrigo para animais silvestres, fornece madeira, oferece pasto de melhor qualidade no período seco do ano, reduz os riscos de incêndios florestais, entre outros benefícios.

“O sistema agrossilvipastoril permite ao produtor agregar valor ao reflorestamento da Acácia mangium, obtendo uma rentabilidade muito maior do que só o cultivo da espécie florestal isoladamente, ou só o cultivo de cultura agrícola isoladamente, ou só a criação de animais isoladamente”, afirma.

Cuidados no plantio

A qualidade das madeiras de florestas plantadas deve atender às exigências dos mercados consumidores. Isso requer o emprego de práticas silviculturais adequadas em relação ao espaçamento de plantio, podas, desbastes seletivos e eliminação de brotações, entre outras.

De fácil cultivo e manutenção, a Acácia mangium dispensa adubação nitrogenada e maiores tratos culturais. A floresta poderá ser manejada facilmente para produção de madeiras para os mais variados fins, sendo que aquelas madeiras de menores diâmetros oriundos dos desbastes periódicos e galhos terão ampla aplicação na propriedade e fácil colocação no mercado, antecipando receitas financeiras.

“As únicas limitações para o cultivo de Acácia mangium diz respeito às regiões onde ocorrem geadas fortes (a espécie tolera geadas leves) e locais muito encharcados. Ela gosta muito de água, mas em locais que formam lâminas de 30 a 40 cm de água acima do solo, a espécie, em geral, não resiste porque perde a respiração radicular (das raízes). Uma terceira limitação seria regiões de déficit hídrico muito acentuado, a exemplo da Caatinga”, pondera Pereira. E completa: “Qualquer pequeno produtor rural, com uma pequena orientação, é capaz de estabelecer o seu povoamento florestal”.

Segurança para o investidor

Como investimento de médio prazo (quatro a cinco anos), o plantio de Acácia mangium traz retorno garantido pela venda da madeira, permitindo o investidor formar um grande patrimônio, mesmo em poucos hectares de terra (veja quadro). De acordo com Murilo de Medeiros, o maior gasto se dá no ano zero, “o investimento inicial pode variar de R$ 6 a 7 mil/hectare”. E ao final de 10 anos, o valor médio gasto pelo produtor rural girará em torno de R$ 9 mil/hectare. Contudo, o viveirista esclarece que variáveis, como solo e topografia, podem influenciar no custo final.

O risco de insucesso no investimento feito no plantio de Acácia mangium pode ser considerado muito baixo ou desprezível, uma vez que mais de 100 mil hectares desta espécie já foram plantados no Brasil, onde ainda não se registrou nenhum insucesso decorrente de pragas ou doenças.

Para os que consideram a área plantada de Acácia mangium pouco significativa quando comparada à de Eucalipto, vale citar que os 3 milhões e 600 mil hectares plantados no país englobam cerca de 40 espécies vegetais do gênero Eucalyptus. Flávio Pereira alega que um questionamento peculiar é o por que as áreas de Eucalipto são tão superiores às de Acácia mangium. E esclarece: “Existe todo um esquema de consumo de madeira pelas fábricas de celulose no Brasil. Todas foram planejadas visando o uso de uma determinada espécie. E, em decorrência da grande quantidade de equipamentos, não é interessante economicamente mudar seus maquinários para se adequar à outra espécie”.

Adicionalmente, ele compara a Acácia mangium a um carro novo que se lança no mercado. Enquanto o Eucalipto foi introduzido no Brasil por volta de 1820, a Acácia mangium chegou ao país há 30 anos. E só agora foram desenvolvidos os cinco primeiros clones da espécie para produção comercial – mérito da Universidade Federal de Viçosa. “Levamos 11 anos de pesquisa para desenvolver esses cinco clones superiores”, alega Pereira. Técnica de propagação vegetativa já difundida na cultura do Eucalipto.

Não tenha dúvidas produtor, o plantio de Acácia mangium atende a reposição florestal exigida por lei, protege as terras contra erosão e garante a manutenção das nascentes e fontes de água, além de constituir um patrimônio de fácil e rápida liquidez. Plante o futuro agora!

Fonte: Elaine Soares / Revista Produz

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

No Tocantins Lei dispensa licença ambiental para plantio de florestas.



Desde esta terça-feira (23), quando foi publicada em diário oficial, uma legislação isenta de licenciamento ambiental para cultivo de seringueira e espécies exóticas no Tocantins.

A Lei nº 2.634 de 15 de outubro de 2012, facilita a heveicultura e a silvicultura, dispensando da licença  em áreas degradadas, subutilizadas na agropecuária ou em áreas já consolidadas. Resumidamente,  produtores que já tiveram licença para outros tipos de produção não precisam de um novo documento.

Espécies como Eucalipto, Teca e Mogno Africano estão no meio das espécies exóticas dispensadas.

Para Ruiter Padua, secretário executivo da Seagro  (Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário), a lei vai beneficiar não só o crescimento da seringueira no Estado mais também o uso da espécie na recuperação de áreas degradadas. 

“A mudança que teremos a partir de agora é que os produtores poderão implementar o cultivo da seringueira em áreas já desmatadas, que encontram-se degradas ou que são utilizadas por outras culturas”, explicou o secretário executivo, acrescentando: “isso vai facilitar e por isso acreditamos numa expansão ainda maior do plantio de seringueira no Tocantins”, afirma.

Bruno Cordiolli, secretário executivo da Associação de Reflorestadores do Tocantins (Aretins), fez parte do comitê que solicitou a assinatura do projeto ao governador Siqueira Campos.

"A legislação é muito positiva. Economiza tempo e trabalho técnico com a dispensa da burocracia, que junto a falta de conhecimento, é o que mais impedes a produção de florestas. A ação mostra que o Estado está ciente do potencial silvicultural para o desenvolvimento", explica.

O Governo do Tocantins, tem incentivado a produção da seringueira, sobretudo nas pequenas propriedades, como fonte alternativa de renda, e prevê que a heveicultura cresça 590% até 2017. Segundo a Seagro, atualmente, a área plantada com seringueira é de 1.840 hectares. 

O Estado também está lançando os Polos de Produção de Seringueira nas regiões Central, Sul e Extremo Norte do Tocantins. Dois já foram lançados e um deve ser lançado ainda este ano.

Há muitos anos o licenciamento ambiental é tema de discussão nos governos, considerando que o Ministério do Meio Ambiente entende plantio de espécies florestais fora do âmbito da produção agrícola.

Fonte:Cifflorestas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Plantação de Teca vira aposta de bons negócios.



O cultivo de teca, uma árvore originária da Ásia, aumentou 34% nos últimos cinco anos em Mato Grosso. É o que mostram os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que aponta como justificativa para o crescimento a versatilidade da madeira, que pode ser utilizada na fabricação de pisos, móveis, painéis e também postes e estacas, por apresentar boa resistência ao sol e chuva. Além disso, a atividade pode trazer um bom lucro.

Segundo dados do anuário estatístico de 2013 da ABRAF (Associação Brasileira de Florestas Plantadas), o Brasil apresenta uma área plantada de teca (Tectona grandis) de aproximadamente 67.300 hectares, sendo que o Incremento Médio Anual gira em torno de 10 a 15 m³/ha/ano, sendo o ciclo da cultura de 20 a 25 anos.
As principais regiões produtoras do Brasil são Mato Grosso (70%), Pará e Roraima.A produção mundial de madeira de teca é estimada em três milhões de m³/ano, o que é extremamente baixo pela demanda atual dessa espécie no mercado exterior. O desequilíbrio entre a oferta e a procura determinou a continuada valorização da madeira de teca, cujo preço registrou um ganho médio de 8,32% a.a., em dólar norte-americano, entre 1970 e 2005.

Atualmente, avalia Luiz Gustavo Martinelli Delgado, mestre em Ciência Florestal, professor e coordenador dos cursos de Gestão Ambiental e Tecnologia em Bioenergia da Faculdade Orígenes Lessa (FACOL), o preço FOB do metro cúbico de madeira de teca comercial varia de US$ 400 a US$ 3.000, dependendo da qualidade de madeira (com ou sem nós) e bitola das toras.





Crédito Shutterstock


Dada a versatilidade da madeira de teca, Zenésio Finger calcula que a oferta não chegue a 10% de sua capacidade de demanda. “Entretanto, é importante que se diga que essa demanda é para madeira com qualidade e proveniente de plantações conduzidas em bases sustentáveis, respeitando os princípios ambientais, sociais e econômicos, sem acarretar impactos ambientais e sociais que sejam irreversíveis”, considera.

Para Luiz Gustavo, no mercado interno, a procura por madeira de teca deverá continuar ampliando por conta dos seguintes aspectos:


• Aumento do consumo, decorrente da elevação do padrão de vida nos países do Sudeste Asiático, onde o uso da teca é tradição arraigada;


• Disponibilidade decrescente das outras madeiras tropicais de qualidade, todas elas originárias da exploração da floresta natural;


• Crescente conscientização ambiental do consumidor europeu e norte-americano, preocupado com a preservação da floresta tropical;


• Mercado brasileiro que, por si, oferece um grande potencial de consumo futuro.


Os estoques de madeira de maior qualidade e valor da Amazônia, como é o caso do mogno, do cedro, da cerejeira e do freijó, foram explorados à exaustão. Também as espécies de valor secundário, como é o caso do ipê, do cumaru e da itaúba, estão com os dias contados, pois seus estoques não deverão perdurar por muito tempo. Portanto, o suprimento do mercado interno dependerá progressivamente da oferta de madeira oriunda de plantações.

Valor agregado


Integração lavoura-pecuária-teca – Crédito Arquivo

O principal produto desta espécie é a madeira, muito utilizada na carpintaria, na marcenaria, na produção de peças de usos nobres e de móveis finos e, especialmente, na indústria da construção naval, onde é praticamente insubstituível, pelo fato de resistir ao sol, ao calor, ao frio e à água de chuvas e do mar.

Para Luiz Gustavo, a combinação de beleza, resistência, durabilidade e rusticidade fez da madeira desta espécie uma das mais valiosas do mundo, sendo muito procurada principalmente no continente europeu, onde o preço por metro cúbico supera o do próprio mogno, embora seja cultivada apenas em regiões tropicais.

Na opinião de Zenésio Finger, doutor em Engenharia Florestal e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, essa atividade pode trazer bons lucros, desde que o seu cultivo, em plantações puras ou em sistema silvipastoril, seja feito seguindo as orientações de um técnico treinado para essa finalidade.

Tendência

Em relação aos dados do anuário estatístico da Associação Brasileira de Florestas Plantadas (ABRAF) do ano de 2013, a espécie Tectona grandis apresentou uma leve queda de área plantada no ano de 2012 em relação a 2011. “Porém se tivermos como ano base 2010, temos um aumento da área plantada em 3% que se refere a aproximadamente 2.000 hectares”, calcula Luiz Gustavo.


Ainda segundo o especialista, para se produzir teca é preciso investir cerca de R$ 7.000,00 por hectare ao longo do ciclo de produção. O retorno do investimento pode começar a partir do quinto ano, quando são feitos os primeiros desbastes. A madeira do primeiro corte é cotada em torno de R$ 150,00 o metro cúbico no mercado.

A exploração se inicia a partir do primeiro desbaste, porém, para agregar um maior valor é necessário um período (ciclo) entre 20 e 25 anos. Analisando também o alto valor (até US$ 3000/m³) que se pode agregar a madeira em relação ao manejo adotado na condução da floresta, Luiz Gustavo conclui que a espécie Tectona grandis apresenta uma alta rentabilidade ao produtor.

Poupança garantida


Crédito Ana Maria Diniz
O ciclo de produção deTectona grandisé de 20 a 25 anos, porém, a partir do quinto ano podem ser realizados desbastes das árvores com menor volumetria, utilizando a madeira para outras finalidades. Portanto, diz Luiz Gustavo, a partir do dessa época se inicia o retorno financeiro, lembrando que para se agregar um valor maior a madeira são necessários desbastes e desramas (manejo da floresta), visando toras de madeiras com alta volumetria e livres de nós.


Zenésio Finger afirma que a madeira mais nobre de teca é obtida a partir do segundo desbaste, quando o percentual de cerne já pode chegar 50% do volume


Fonte:Revista campo e negócios

Mogno africano cresce rápido e ganha espaço entre os agricultores.

Mogno africano cresce rápido e ganha espaço entre os agricultores

O mogno africano promete mexer com o mercado de madeiras nobres no Brasil. Ela cresce rápido e dizem que faz móvel de qualidade. A espécie importada está ganhando espaço entre os agricultores.

Houve um tempo em que mogno no Brasil era sinônimo de madeira boa e nobre. Não faz muito tempo, mogno virou caso de polícia. Em dezembro de 2002, madeireiros derrubaram centenas de milhares de árvores de mogno, que seriam vendidas por 300 milhões de reais. Com essa exploração predatória, os estoques de mogno nativo se tornaram mais raros na Floresta Amazônica e seu corte foi proibido.
No entanto, nem tudo está perdido, porque está ganhando força no Brasil outro tipo de mogno que, sem mexer nas nossas florestas, pode acabar com a carência dos amantes dessa madeira nobre.




Na sede da Embrapa Amazônia-Oriental, em Belém, no Pará, que começa a história do mogno africano no Brasil. O agrônomo, Urano de Carvalho, conta que as árvores frondosas que ficam no jardim central da instituição foram os primeiros exemplares da espécie plantados no Brasil. As sementes foram trazidas por outro pesquisador da Embrapa em 1976.

“O mogno africano é da mesma família do mogno brasileiro, da andirobeira, do cedro, da família meliaceae, porém de gêneros diferentes, com o nome de mogno africano, na verdade, no mercado internacional, são conhecidas quatro espécies”, explica o agrônomo. Dessas quatro espécies, a que anda dando o que falar, aqui no Brasil, é a Khaya ivorensis, e muito graças ao sucesso dela na Embrapa. “Da base dela até o fuste, ou seja, o primeiro galho, ela tem 13 metros de altura, agora o diâmetro também é algo fabuloso, fica até difícil de medir, ela mede 130 cm de diâmetro na altura do peito. É uma taxa de crescimento, de incremento médio anual em diâmetro de quase cinco cm. É muito mais, não resta dúvida. Eu diria que o mogno africano cresce cerca de 30% a mais”, declara.

Além de crescer mais rápido, o mogno africano no Brasil não sofre com a broca das ponteiras, uma mariposa que ataca o mogno brasileiro e que, até hoje, torna inviável o seu cultivo comercial. Já existem vários plantios da espécie africana no Brasil, mas por enquanto, eles só se destinam à produção de sementes, por causa do seu alto valor comercial: o preço varia de R$ 1.200 a três mil reais o quilo.

Colher os frutos que contêm as sementes do mogno africano não é coisa mais fácil do mundo. Esses frutos ficam na ponta dos galhos, na periferia da copa que pode chegar a 40 metros de altura. Na sede da Embrapa eles ainda contam com um guindaste que ajuda a fazer em um dia o trabalho que bons escaladores levariam até vinte dias pra fazer em plantios convencionais. Se não forem colhidos fechados, os frutos se abrem na árvore e as sementes voam com o vento. “Se colhe fechado e depois de três a quatro dias no sol ele começa abrir. Cada fruto tem entre 60 e 70 sementes”, explica o agrônomo.

Para fazer a muda, Urano apenas deita a semente em um saquinho com oitenta por cento de solo e vinte por cento de esterco. “Cobriu com a terra meio centímetro e está pronto. É uma questão de esperar. Com cerca de 15 a 30 dias as plantinhas começam a aparecer no saquinho. Com quatro meses depois da semeadura, a muda está na condição de ser plantada”, indica.

A madeira do mogno africano é semelhante à do brasileiro e por vir de fora, sua exploração não sofre restrição legal. Para conhecer suas qualidades, o Globo Rural foi até Minas Gerais. O engenheiro florestal, Antônio Lelis Pinheiro, professor da Universidade Federal de Viçosa, mantém algumas árvores no campus para fins de pesquisa, junto com outras 1.800 espécies de do mundo todo. O professor conseguiu junto ao Instituto Estadual de Florestas uma autorização para cortar, transportar e serrar algumas árvores de mogno africano que estavam com aproximadamente 20 anos e nós vamos aproveitar essa ocasião pra ver a parte interna dessa madeira.

“A madeira tem uma coloração castanho-avermelhada, mais tendendo a avermelhada, e aí ela vai se parecer muito com o mogno nativo. Uma outra característica interessante é que ela tem um peso, uma densidade muito boa pra fabricação de móveis, ela superou bastante as expectativas”, explica.

Em Piraropa, região semi-árida, à beira do Rio São Francisco, foram plantadas as primeiras árvores de mogno africano fora da região amazônica. Antônio Serrati é produtor de uva irrigada e em 2005 resolveu diversificar. Para fazer uma árvore crescer na terra seca, ele teve que inventar. “Não tinha informação nenhuma, então comecei no escuro. Porém, eu fui o primeiro a plantar mogno irrigado”. Serrati tem mogno africano em 10 de seus 30 hectares. Para arcar com os custos de uma floresta irrigada, nos primeiros anos, consorciou o plantio das árvores com o de uva. “Quando você está jogando adubo pra uva está servindo para o mogno, você está irrigando a uva tá servindo pro mogno, você tá fazendo os tratos culturais dentro da uva, você tá observando se suas árvores têm algum problema de doença, praga e assim você vai levando. Essa floresta aqui tem três meses que eu tirei a uva daqui. Então até agora eu não gastei, ele ficou aqui intruso no meio dessa uva”, explica.

O produtor espera que esse mogno mais velho agora se desenvolva sozinho. Até a irrigação ele decidiu cortar. “Seguramos a água para o sistema radicular aprofundar e viver só da água da chuva de agora pra frente”, afirma.

As pragas do mogno africano, por enquanto, são as formigas e as abelhas arapuá, que atacam árvores jovens. Com relação às doenças, o que se tem no Brasil é o cancro, que causa lesões na casca do tronco. Não chega a estragar a madeira, mas com o passar dos anos, compromete muito o transporte da seiva, prejudicando a árvore. Ao menor sinal da doença, é preciso retirar a parte machucada e aplicar um fungicida a base de cobre.

Serrati diz que o custo de implantação de cada hectare de mogno, aproveitando toda a estrutura da uva, girou em torno de seis mil reais. A expectativa do agricultor é começar a serrar suas árvores quando elas estiverem com doze anos. Vale lembrar que se tratando de mogno africano tudo é experimental. Não existe ainda um sistema de produção definido. 

No município de Piumhi, também em Minas Gerais, onde chove mais ao longo do ano, o cafeicultor Marcos Soares Rezende está conseguindo bons resultados com uma plantação de sequeiro de 25 hectares, cuidando do mogno como se ele fosse café.
“Porque o café é muito exigente nos tratos culturais ao longo do ano, então nós estamos fazendo a mesma coisa”, explica Marcos. Controle do mato, quatro adubações anuais, quatro pulverizações de micronutrientes, calcário, são muitos os cuidados. 

Todos os anos, o cafeicultor contrata uma equipe da Universidade Federal de Lavras para medir suas árvores, que estão com quatro anos. O crescimento do mogno aqui já é equivalente ao de plantios irrigados e bem superior ao de cultivos mais antigos existentes em outros países. “Quando eles mostram que o nosso trabalho está acima do que a literatura científica tem publicado, não precisa nem falar que realmente tem dado certo”, diz o agricultor. 

Outra técnica para melhor o desempenho do plantio é aplicação de uma super dosagem de gesso. Quando as árvores estavam com aproximadamente quatro meses, eles colocaram três quilos de gesso por planta. “Como nós vimos que no café deu muito certo, na nossa região o uso é consolidado, e nós estávamos começando uma plantação de mogno de sequeiro sem irrigação eu resolvi que teria que usar a mesma técnica que usa no café”, conta Marcos.

“O objetivo é acelerar o aprofundamento deste sistema radicular. A planta quando no início, ela tem sistema radicular raso, então a gente tem que fazer com que ela busque água em profundidade pra tá explorando um volume maior de solo. Ele melhora também a estrutura física do solo”, explica Joyce Cristina Costa, agrônoma do café. Agora, Marcos faz planos para se tornar um grande produtor de madeira nobre, até já preparou a terra. “Tenho planos de plantar nessa fazenda em torno de 400 hectares de mogno”, afirma.

Em Pirapora, os sócios Ricardo Tavares e Edmundo Coutinho já atingiram essa meta sonhada pelo Marcos. “Em princípio, eu falei: ‘o sujeito vai mexer com um negócio que vai ter retorno daqui a não sei quantos anos’. Mas fomos conversando, viajando, pesquisando, olhando, Definimos que a gente ia plantar 50 hectares. Aí conversa vai, conversa vem, vamos passar pra 250. Depois que nós fomos para o Pará, que andamos na Embrapa, aí na viagem de volta nós resolvemos dobrar de 250 pra 500 hectares. Ontem ele já estava arrependido de não passar pra 800 hectares”, conta Coutinho.

A fazenda já tem uma das maiores áreas plantadas com mogno africano do país. Algumas árvores estão com dois anos e meio e o primeiro corte está previsto para 2019. Para cumprir esse prazo, o tratamento é cuidadoso. Depois de muito pesquisar, o pessoal optou pelo espaçamento seis por seis. Por enquanto, nada de pragas ou doenças. Cada planta recebe quarenta litros de água a cada quatro dias, por gotejamento. O agrônomo da fazenda João Emílio Duarte explica que, junto com a água de irrigação, vem também o adubo. “Áreas irrigadas produzem mais, e aqui a gente tem um diferencial que é o tamanho de dia e períodos quentes do ano, então a gente tem calor, água e a adubação em dia, essa planta aqui ela tem mais potencial, pelo fato de ser irrigada, de produzir mais madeira”, explica o agrônomo.




As técnicas de cultivo vão se aprimorando, mas para aumentar a área, a fazenda esbarrou em uma limitação fundamental. Como todo mundo que quer produzir mogno africano hoje, o pessoal da fazenda também tem dificuldade para conseguir sementes da espécie. Eles resolveram o problema criando um jardim clonal, que possibilita a produção de mudas a partir das melhores árvores da propriedade.

A muda clonada resolve o problema da falta de semente e também garante plantios uniformes, com melhor rendimento. O negócio é tão interessante que Ricardo e Edmundo já estão trabalhando para aumentar a produção do viveiro. “Hoje talvez a gente produza cinco mil mudas por mês, e a gente vai ampliar bem esse volume, talvez 20 mil mudas por mês, que vai conseguir atender à nossa necessidade e depois disso começar a gerar excedente pra ser comercializado”, diz Coutinho.
“Nós pretendemos cortar, por hectare, 320 metros cúbicos de madeira. No 11º ano nós vamos cortar metade da lavoura, no 16º ano vamos cortar os outros 50% da lavoura. Calculamos que nós vamos receber por hectare cerca de R$ 700 mil líquido”, declara Tavares.

Esse rendimento, equivalente a 45 mil reais por hectare/ano, é uma estimativa baseada no preço atual do metro cúbico serrado de madeira nobre. Mas não há como saber se esse mercado ficará assim daqui a 12, 15anos. Por isso, os interessados precisam ter muita cautela: o investimento é alto e de longo prazo. A aposta dos produtores pioneiros do mogno africano é que, no futuro, quase toda a madeira consumida pelo homem deve vir de áreas cultivadas, e que as florestas nativas serão cada vez mais protegidas.

“A partir de que mais produtores, mais regiões, mais pessoa vão plantando, num futuro próximo vai ter uma oferta significativa de madeira, então, isso é bom pro mercado e é bom pra floresta nativa que vão parar de ser tão explorada e tão judiada com estão sendo hoje”, declara Coutinho. Estima-se que hoje existam um milhão de árvores de mogno africano plantadas no Brasil e pelo menos 400 produtores investindo na cultura.


Fonte: Globo Rural - G1

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mogno Africano: Tudo sobre plantio, mudas, investimento, rendimento.

Originário da costa ocidental Africana, hoje, a madeira ganha espaço no cenário mundial, sendo em tempos atuais a principal madeira nobre cultivada no Brasil.

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Com interessante valor econômico, o Mogno africano tem excelente uso comercial, devido à raridade e beleza da madeira. É usada em movelaria, construção naval e em sofisticadas peças ornamentais.

Além do alto aproveitamento econômico o plantio do Mogno africano torna-se interessante pela capacidade de adaptação em todo território nacional, pela revitalização de áreas degradadas, cultivo em consórcio com demais espécies, tais como banana e café.

O plantio de Mogno africano requer técnicas e cuidados. O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) fomenta o plantio, oferecendo cursos de produção, visitas técnicas, insumos, manutenção e consolidação das florestas, garantindo todas as informações indispensáveis para o inicio e acompanhamento do plantio.

Nas palavras de Higino Martins Aquino, diretor de desenvolvimento do IBF, o investimento para 1 hectare de florestas de Mogno Africano gira em torno de R$15 mil reais, o que geraria um retorno de R$ 27 mil ao longo do ciclo e podendo gerar um proveito de R$ 500 mil no corte final, que varia entre 15 e 18 anos.

Atendendo a demanda crescente na busca pela madeira nobre no Brasil o IBF realiza 2° Workshop Internacional de Mogno Africano (www.workshopmognoafricano.org.br) visando difundir e fortalecer o cultivo desta madeira no Brasil, promovendo a interação entre profissionais, empreendedores, investidores, estudantes e instituições de pesquisa, criando-se assim, uma rede de colaboradores capaz de otimizar todo processo da cadeia produtiva e de manejo desta espécie.


A busca pelo Mogno Africano deriva do seu alto valor agregado, destacando-se como um promissor investimento, visto que há um déficit por esta nobre madeira no panorama internacional, sendo sua procura cada vez mais requisitada.

Fonte:IBF Florestas

Neem: a árvore com benefícios da raiz até as folhas.

Os benefícios da árvore neem vão desde seus fins medicinais, químicos e industriais até a geração de renda para famílias que vivem em pequenas propriedades agrícolas




Poluição, extinção de animais, esgotamento dos recursos naturais, catástrofes climáticas e efeito estufa são alguns dos problemas que a humanidade vem enfrentando por conta de sua irresponsabilidade perante o meio ambiente. Com isso, a busca por recursos naturais que sejam renováveis e menos impactantes tem sido uma prática incessante. Uma das mais surpreendentes descobertas é uma árvore que tem potencial para amenizar danos ambientais e sanitários em âmbito global: o neem, que pode ser usado de várias maneiras em diferentes tipos de produtos.

Azadirachta indica, mais conhecida como neem (ou nim), é uma árvore do sudeste da Ásia e do subcontinente indiano. É uma árvore de clima tropical, que pode ser cultivada em regiões quentes e solos bem drenados; ela é resistente à seca, tem crescimento rápido, copa densa e pode alcançar até 20m de altura. O neem tem capacidade para suportar condições extremas de calor e poluição da água, melhora a fertilidade do solo e reabilita terras degradadas. Além disso, essa árvore desempenha um papel importante no controle da erosão do solo, na salinização e prevenção contra os efeitos de inundações.

Atualmente, existem grandes plantações de neem na Nicarágua, Cuba, El Salvador, Chile, Guatemala, Costa Rica, República Dominicana e até na Alemanha e nos Estados Unidos. No Brasil, a planta foi introduzida por Belmiro Pereira das Neves, em 1993, na luta contra o uso de agrotóxicos. Para Neves, o Neem pode ser usado não só na produção de pesticidas, mas também na agricultura familiar, pois a árvore produz sombra e fruta.  O especialista nessa espécie de árvore destaca ainda que o neem também está sendo utilizado em áreas que sofreram processo de desertificação e em projetos de reflorestamento, em substituição ao pinus e ao eucalipto, pois seus frutos atraem os animais.

Comercialmente, o neem tem muitas vantagens: sua madeira, prima do mogno, é resistente e sua semente, casca e folhas podem ser utilizadas na fabricação de utensílios, pesticidas, repelentes, fármacos (de função terapêutica), cosméticos, além da vantagem de sua cultura ser considerada de baixo custo.

Os diversos usos do neem

-Medicinal: Segundo artigo publicado pelo departamento de bioquímica da Universidade Estadual de Maringá e as literaturas a respeito dos efeitos farmacológicos e médicos observados no corpo humano pelos extratos das várias partes da planta de neem, é considerado eficiente na cura e prevenção de várias doenças;

As folhas, solúveis em água, possuem atividades antissépticas, curativas, antiúlcera, anti-inflamatória, hipolipidêmica, que agem no controle dos níveis de colesterol, e hepatoprotetora. Tal estudo aponta que os extratos das folhas de neem, aplicados no creme dental, reduzem a placa bacteriana e têm bons efeitos no tratamento de gengivites e periodontites.

Sobre os efeitos do extrato da casca de neem, foram observadas ações gastroprotetoras e inibição da ulceração gástrica. Além disso, alguns estudos apontam o extrato da casca de neem como um forte aliado no tratamento de diabetes. O óleo de neem, por sua vez, tem demonstrado efeitos de anti-infertilidade, sendo usado como espermicida e com atividade antimicrobiana significativa contra patógenos sexualmente transmissíveis. 

Os extratos das folhas e sementes de neem também funcionam como repelente natural no uso doméstico, a exemplo da citronela,  auxiliando no combate à malária, dengue, podendo também afetar o desenvolvimento do protozoário Trypanosoma cruzi, parasita vetor da doença de chagas.

Indústria de cosméticos: o óleo de neem pode ser utilizado principalmente para a fabricação de sabão, xampu, óleo para os cabelos, tônico capilar e óleo fortalecedor para as unhas.

-Agropecuária: a pasta de neem tem sido empregada, na Índia, nas culturas de arroz e cana-de-açúcar desde 1930, visando o combate à Diatraea saccharalis, considerada uma das principais pragas da cana-de-açúcar e contra o cupim. O neem e seus derivados chegam a afetar mais de 400 espécies de insetos pertencentes às ordens Coleoptera, Deptera, Heteroptera, Homoptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Orthoptera, Thysanoptera, Neuroptera, alguns aracnídeos e alguns fungos. Popularmente pode-se dizer que o uso do neem atua contra pernilongo, piolho, pulga e carrapatos. A torta (confira o significado mais abaixo) do neem tem uso variado, como fertilizantes, pesticidas naturais e na produção da ração animal - ela tem função vermífuga.

Benefícios sociais

Por sua alta resistência a árvore de neem se adapta facilmente a diversas situações, e como até aqui aferido, produz muitos frutos, suas folhas são vastamente utilizadas para extração de compostos e aplicáveis a diversos setores, como o farmacêutico, industrial e químico. Em razão de suas varias possibilidades de uso, destaca-se a relevância da árvore na zona rural também na originação de emprego rural, renda ao pequeno agricultor, complementarmente aos diversos benefícios descritos.

Química: o motivo de tantos benefícios

Após algumas pesquisas iniciais, em 1963 um cientista indiano examinou a fundo a química dos princípios ativos do neem e descobriu, por meio de uma pesquisa com gafanhotos, um agente inibidor do impulso de ingerir alimentos. Desde então, as pesquisas acerca desse tema se intensificaram. Vários compostos foram isolados e caracterizados - a maioria deles de biogenética semelhante aos liminóides (azadiractina, meliantriol, salanin etc), princípios amargos encontrados também em outras espécies botânicas. De acordo com os dados divulgados pela organização Neem Foundation, as folhas novas da árvore de neem possuem propriedades curativas para feridas e sarna, pois produzem flavonóides, que contêm propriedades antibacterianas e antifúngicas, e nimbosterol. Os liminóides, aponta a mesma organização, afetam a fecundidade em moscas domésticas e podem causar desordem hormonal nos insetos. Veja, a seguir, as principais propriedades químicas das partes da planta:

Folhas: possuem muitos componentes, incluindo proteínas (7,1%), hidratos de carbono (22,9%), minerais, cálcio, fósforo, vitamina C, caroteno e aminoácidos, como o ácido glutâmico, tirosina, alanina, ácido aspártico, glutamina, cistina e também ácidos graxos;

Flores: contêm nimbosterol e flavonóides e também produzem material ceroso e ácidos graxos, como beênico (0,7%), araquídico (0,7%), esteárico (8,2%), palmítico (13,6%), oleico (6,5%) e linoleico (8,0%);

Pólen: contém vários aminoácidos, como o ácido glutâmico, tirosina, arginina, metionina, fenilalanina, isoleucina e ácido aminocapróico;

Casca: contém taninos - polifenóis que protegem as plantas de ataques de animais herbívoros ou de micro-organismos patogênicos - (12-16%) e não-tanino (8-11%) e também polissacarídeos anti-inflamatório - este é constituído por glicose, frutose e arabinose. Produz ainda um polissacarídeo antitumoral e vários polissacarídeos. O cerne da casca contém cálcio, potássio e sais de ferro;

Madeira: contém celulose, hemicelulose (14%) e lenhina (14,63%);

Seiva: contém açúcares livres (glucose, frutose, manose e xilose), aminoácidos (alanina, ácido aminobutírico, arginina, asparagina, ácido aspártico, glicina, norvalina, pralina, etc) e ácidos orgânicos (ácido cítrico, malônico, succínico e fumárico). A seiva também é útil no tratamento de fraqueza e de doenças de pele;

Semente: possui elevado teor de lipídios e um grande número de princípios amargos em quantidades consideráveis. O principal elemento descoberto até agora é a azadiractina, que é um princípio amargo e mostrou, em estudos, eficácia no combate a 200 espécies de insetos;

Torta: material restante após a extração do óleo do miolo das sementes de neem, é usado como adubo orgânico e contém muitos nutrientes para as plantas, como nitrogênio (2-3%), fósforo (1%) e potássio (1,4%). Apresenta também ácido tânico (1-1,5%) e tem o maior teor de enxofre, de 1,07-1,36% a mais, que as tortas do petróleo.

A educação a respeito dos efeitos terapêuticos da árvore de neem ainda se mostra incipiente. Mas agora que você já conhece a planta, sabe para que serve, que tal adotar o uso de produtos derivados da espécie, como sabonetes, óleos essenciais, repelentes ou extratos? Espalhe essa ideia e cultive responsabilidade no comprometimento com uma atitude bioética ao reduzir o uso de químicos sintéticos nocivos, seus impactos sobre a saúde e o meio ambiente.

Fonte:ecycle