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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vilão do baixo crescimento de 2012, setor de serviços entra no radar do IBGE.


Eleito o culpado pelos erros nas projeções econômicas sobre o crescimento do país, o setor de serviços terá acompanhamento mensal do IBGE a partir de 2013.
O instituto divulgará em 21 de agosto a primeira edição da Pesquisa Mensal dos Serviços, que terá informações de todos os Estados do país.
A pesquisa chega quando governo e analistas ainda digerem a frustração com as estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que teve desempenho abaixo do previsto.
Era esperado crescimento até o dobro do verificado (0,6% ante o trimestre anterior), frustrado em grande parte devido à fraqueza não esperada dos serviços. A principal contribuição negativa foi da atividade financeira.
O IBGE já informou, contudo, que esses serviços ficarão de fora da amostra da pesquisa mensal, uma vez que o Banco Central já coleta informações sobre o segmento. Também ficarão de fora serviços de saúde e educação.
A pesquisa pretende calcular a evolução do faturamento bruto, já descontada a inflação, de serviços como telecomunicações e informática, transporte, alojamento e cuidados pessoais.
Em agosto, o instituto prevê apresentar uma série com dados de 2012 e 2013.
O setor de serviços representa 67% do PIB, segundo o IBGE. Atualmente, só a FGV tem um monitoramento mensal do segmento. Resultado de um convênio com o BC, a pesquisa é uma sondagem, que visa verificar a confiança dos empresários do setor.
O IBGE fará um monitoramento do volume de serviços vendidos, nos moldes da pesquisa do comércio.
DESEMPREGO NACIONAL
A partir do ano que vem, o instituto passará a divulgar também a pesquisa mensal de desemprego em âmbito nacional, e não mais restrita às seis maiores regiões metropolitanas, como é hoje.
Para tanto, o IBGE criará uma versão reduzida mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que hoje é anual. A versão reunirá parte das informações da anual --que continuará sendo feita em paralelo.
Na versão reduzida, os Estados conhecerão suas taxas de desemprego a cada três meses. Segundo o IBGE, a Pnad contínua passará a ser divulgada no segundo semestre, em data a definir.
Outra pesquisa que ganhará mais abrangência é a da inflação. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, reúne dados das dez maiores regiões metropolitanas do país mais a cidade de Goiânia.
Segundo a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, serão incluídas Campo Grande (MS) e Vitória (ES) em 2013.
Os planos incluem ainda encurtar o calendário de coleta de dados sobre tendências de consumo reunidas na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
A última edição foi em 2008/2009. A pesquisa é feita a cada cinco anos, mas o IBGE quer torná-la anual. O projeto é para 2015.

Editoria de Arte/Folhapress


MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
JULIANA DALPIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

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